Incêndio destrói depósito de cuias em Santa Maria

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Um incêndio consumiu parte de uma fábrica de cuias na Rua Progresso, no Bairro Camobi, região leste de Santa Maria, na madrugada desta sexta-feira. Maria Claide de Lima dos Santos, 60 anos, e o neto Murilo, 6, estavam na casa, que é anexa à fábrica, quando o incêndio começou. Nenhum dos dois se feriu. O fogo começou por volta das 2h30. O Corpo de Bombeiros chegou cerca de 30 minutos depois e, segundo os moradores, demorou três horas para extinguir as chamas.

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Cerca de 4 mil cuias que estavam em produção foram queimadas. Os produtos eram encomenda de outras fábricas do próprio bairro. 

Um parte de alvenaria, onde estavam armazenadas as cuias, e um galpão de madeira onde funcionavam as máquinas foram atingidos. O galpão foi totalmente destruído. Nele, estavam cinco máquinas da fábrica e quatro máquinas de costura.

O dono da fábrica, José Eduardo Lima dos Santos, 35 anos, disse que o prejuízo com o maquinário e produtos chega a R$ 20 mil. O valor não inclui a perda com a casa. Segundo ele, o que sobrou do pavilhão de alvenaria está condenado e terá de ser demolido. José, que trabalha como vigilante para complementar a renda, lamentou a perda.

- Investimos cerca de R$ 15 mil para abrir a fábrica. Não sei nem por onde recomeçar. Pelo menos, foram só danos materiais - disse.

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De acordo com o comandante do 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros, major Cláudio Ricardo Pereira, a corporação tem atendido grande número de ocorrências de incêndios em casa, o que não é comum. Segundo ele, os incêndios domésticos são mais frequentes quando começa o frio, e as pessoas passam a utilizar aquecedores e lareiras. No verão, ocorrem mais incêndios em vegetação, ocasionados pelo tempo seco.

- Provavelmente, (as ocorrências domésticas) sejam circunstanciais, mas, geralmente, é questão de calor, de descuido dentro de casa. Nessa época em que há queda de temperatura à noite, tem que ter cuidado e verificar se os equipamentos elétricos foram desligados. Em uma fábrica, por exemplo, um soldador que é deixado ligado, em contato com outro material, pode dar início a uma combustão - explica. 

A corporação não sabe o que teria ocasionado o sinistro. Os moradores acreditam que o fogo pode ter começado na fábrica.